segunda-feira, 18 de maio de 2009

Amor, trabalho e neve


Ele olhou em volta e viu. A luz da manhã era bem difusa. Havia neve no chão cobrindo o gramado do parque e sobre as árvores secas. As construções, a maioria de tijolos aparentes, tinham boa parte da fachada coberta de neve. Com os olhos de lágrima ele se sentou em um dos degraus da porta da frente enrolado num cobertor. De onde ele estava não podia ver a estrada mas ouvia o barulho dos pneus dos carros rolando devagar no asfalto meio úmido, meio arenoso. Não se ouvia canto de pássaros nem de galos, apenas sinos de portas se abrindo e se fechando. Sobre seu ombro alguém ofereceu uma xícara de café quente. Dentro de casa sussurrava uma canção. Dentro dele a paz e o entendimento. Foi assim todos os dias em que ele esteve naquele lugar.

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