sexta-feira, 28 de agosto de 2009

"Agora me foge a palavra"


As palavras fugiram. Quando vi a folha estava em branco sem nem um traço. Debaixo da mesa encontrei o "passado", caído sob os meus pés. No banheiro, já se jogando dentro da privada, eu ignorei a "vergonha". A "constância" estava longe demais, atrás do sol que se punha, deixei pra lá, amanhã ela volta. Dentro do armário onde guardo livros e filmes achei o "universo", sem entender o que ele estava fazendo ali. Caminhando pelo corredor me abaixei e peguei a "ansiedade", sozinha e imóvel. A "sorte" caiu sobre a minha cabeça quando eu descia a escada, acho que ela deu azar. Grudada na TV da sala eu tirei, cuidadosamente pra não rasgar, a "futilidades". Me dirigi para a cozinha e quando pegava uma garrafa de água na geladeira me assustei com a "atitude" debaixo do pote de manteiga. Foi assim por algumas horas, recolhendo palavras fujonas que nem me lembrava de tê-las escrito. Está sendo assim por todo o dia, recolhendo sentimentos perdidos que nem lembrava de tê-los sentido. Também estão sendo assim os últimos anos, recolhendo vidas que nem sabia que tinha vivido.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Augusto Boal


"O ser humano é teatro; alguns, além disso, também fazem teatro, mas todos o são."

"O teatro é a primeira invenção humana e é aquela que possibilita e promove todas as outras invenções e todas as outras descobertas."

terça-feira, 14 de julho de 2009

Começando


A professora chama dois dos aspirantes ao palco a realizarem uma cena de improviso de 1 minuto. Eles se levantam atordoados e se colocam ao centro de frente para a platéia sem absoluta idéia do que irão fazer:
- Boa sorte. (Diz Fernando se voltando para Jéssica)
Jéssica não responde, apenas acena com a cabeça e começa a fazer uma espécie de relaxamanto corporal.
- Não vai me desejar boa sorte? ( Fernando pergunta, indignado)
- Boa sorte. (Jéssica responde com certa indiferença)
- Mas você só me desejou boa sorte porque eu reclamei, certo?
- Desculpa, mas foi isso sim. Podemos começar agora?
- Pensei que você fosse menos egoísta. Podemos começar sim.
- Você vai começar um diálogo sem propósito, em plena aula de improviso?
- Não. Podemos começar.
- Começa você.
- Por que eu? Começa você.
- Não estou nem um pouco inspirada...
- Por que eu não estou surpreso?
- Porque você sempre me achou uma idiota, nunca foi com a minha a cara.
- Eu não sou assim.
- Começa logo, vai.
- Também estou sem inspiração, diga qualquer coisa que eu acompanho. Uma nota.
- Você se acha, né?
- Me acho o quê?
- O fodão.
- Não vamos chegar a lugar nenhum, assim.
- É, não vamos.
Os aspirantes fazem silêncio, se entreolham, dão as mãos e se curvam cumprimentando a platéia. Aplausos. A professora chama então os próximos dois.

sábado, 27 de junho de 2009

Um laço de fita


Menina terrível, tinha convencido a irmã de levá-la embora para o Rio e tinha de ser naquele fim-de-semana. O plano era fingir que iria acompanhar Joana à estação mas embarcariam juntas. Por conta disso na noite anterior Vitória não conseguiu dormir. Levantou-se antes de todos, pegou sua bolsa pequena e colocou dentro da mala da irmã. A casa foi acordando aos poucos. O cheiro do café da mamãe, o bom dia do papai e Joana estava pronta para partir. O pai avisou de surpresa que também iria à estação. Quando ouviu o coração foi na boca. Ficou tensa e quase não conseguiu disfarçar o medo, a raiva e a excitação. A irmã quis cancelar a façanha com o olhar, mas não encontrou os olhos de Vitória.

A locomotiva que vinha de Porciúncula chegou fazendo seu esporro habitual. Na plataforma da estação havia um pai, uma mãe, a irmã e Vitória que não parava de roer as unhas. Era esperta a bichinha, ia acabar dando um jeito. Foi aí que Joana estava entrando no vagão e Vitória tomou a mala de sua mão dizendo que ia ajudar a colocá-la dentro do trem. Joana arregalou os olhos mas consentiu. O pai levantou os olhos mas não disse palavra. Lá dentro Joana já havia se acomodado e a caçula estava de pé no corredor conversando. Fingir era algo que Vitória fazia muito bem. Seguiram-se alguns apitos e Vitória não descia. Estava distraída a pobrezinha, se despedindo da irmã. O velho gritava por ela lá fora - Desce menina - e vendo que a menina não ia descer por conta própria, entrou na composição. Ao ver Sr. Francisco lá dentro Vitória pegou a correr. Foi uma loucura. Uma perseguição dentro daquele trem estreito. Quando chegaram no último vagão de passageiros Vitória deu um jeito de passar por debaixo das pernas do velho. A correria só acabou quando o bilheteiro parou Sr. Francisco e disse que o trem não podia mais esperar. Vendo que a menina não descia, desceu ele.

O trem partiu e da janela Vitória via os pais com um olhar de cachorro que mordeu o dono. O pai de costas caminhando sob a plataforma e a mãe chorando plantada confusa segurando um laço de fita que a filha miúda tinha deixado cair.

terça-feira, 23 de junho de 2009

É isso aí! Vida que segue.


Eles se reencontraram dez anos depois num supermercado na zona norte da cidade. Estavam no setor de higiene pessoal. Ele colocava no carrinho uma embalagem de oito rolos de papel higiênico e ela segurava um pacote de absorvente. Ficaram ali um diante do outro. Tirando pelos poucos fios de cabelos grisalhos ele não havia mudado muito. Já ela havia feito pender as voluptuosas macãs do rosto, deixando as bochechas um pouco flácidas. Conversaram sobre o passado e o presente. Riram, lamentaram e se parabenizaram. Descobriram que estavam morando perto um do outro. Falaram sobre o bairro, daí para a política. Não falaram do futuro. Quando qualquer coisa remetia a isso faziam silêncio. Como se fazer planos fosse proibido. Se despediram quando iam para o caixa. Ela tinha menos de dez volumes e ele um carrinho cheio de compras. Ficaram entaladas algumas perguntas. Teria sido melhor assim. Trocaram olhares e sorrisos, cada um na sua fila. Ela preferiu não comentar mas contou três garrafas de vodka no carrinho dele. Ele também não disse nada mas gostaria de vê-la novamente.

domingo, 21 de junho de 2009

Memória d'água


A tampa da panela passou raspando na cabeça dele, bateu na parede da cozinha e caiu no chão fazendo um estardalhaço. Filho da puta! Se eu te pego! - Jeremias corria para o quintal rindo, descalço. Deu a volta na casa e foi pra rua. Os irmãos na janela da sala riam dele. O pai na janela do quarto xingava ele balançando um metro de fio em uma das mãos. Mas Jeremias não podia mais ouvir suas vozes, estava longe socando os paralelepípedos da rua com as solas dos pés. Corria mesmo, como se fosse levantar voo. Gostava da sensação de velocidade e isso ficava mais emocionante depois de ter feito arte e estar ameaçado de uma surra. Ele ainda não sabia mas teria sensação parecida anos mais tarde na capital do país ao assistir as acrobacias aéreas de aviões de combate num ano de guerra.
Antes dele chegar na praça o céu desabou. Ao invés de irem pra dentro de suas casas as crianças saiam correndo pra rua pulando, gritando, girando e a chuva caindo. A cada trovoada a molecada fazia coro. Os menores ficaram ali sapateando nas poças d'água das calçadas mas os meninos mais velhos acharam de ir para o rio.
O rio Muriaé corta a cidade com força. É um rio largo, agressivo e traiçoeiro. Jeremias já viu morrerem afogados nele pelo menos meia dúzia de primos. Os corpos nunca foram encontrados. Ainda assim lá estavam os meninos brincando num poço perto da ponte quando ouviram um estrondo muito forte. Era maior que uma trovoada, como se um raio tivesse atingido alguma coisa. Pararam de repente, olharam em volta, olharam uns para os outros e tudo bem. Voltaram para as guerrinhas de esguicho e para os saltos do banco de areia. A festa só acabaria com o fim da chuva.
Quando Jeremias chegou em casa no fim da tarde havia um silêncio cabreiro. Ele só ouvia o barulho que fazia a goteira quando caía na soleira da porta da sala. Caminhava bem devagar do portão para a porta da cozinha que ficava nos fundos. Sua mãe devia estar na igreja com seus irmãos e seu pai... Eu disse que ia te pegar, seu moleque! - Jeremias não teve tempo de correr. Ouviu o fio zunir e logo estourar numa lanhada ardida em suas costas. Foi uma sequência de chicotadas enquanto ele caía, levantava, tropeçava, gritava e corria pra dentro de casa. Se trancou na despensa chorando alto. Precisava convencer o pai de que já havia apanhado o bastante. Passados alguns minutos e parecia que o havia convencido pois lá fora fazia silêncio. Lá dentro Jeremias soluçava fingido sentado no chão úmido, joelhos dobrados, braços cruzados sobre os joelhos, queixo apoiado sobre os braços e o olhar fixo no vazio das paredes sujas. Ficaria assim até a chegada da mãe, da igreja, cheia do Espírito Santo.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Ritalina


- Não, eu não sou filho do Denny de Vitto.
- Mas você parece muito com ele.
- O Denny de Vitto deve ter idade pra ser meu avô.
- Hum! Você parece mais velho.
- Senhor, em que eu posso ajudar.
- Eu preciso de ritalina.
- Mas aqui é uma locadora de vídeo.
- Ah! Sim. Então vocês tem "Duas ou três coisas que sei dela", do Godard?
- Temos sim, mas só com legenda em inglês.
- Pois é, eu preferiria em mandarim. Sabe, preciso praticar o idioma.
- Posso lhe ajudar em mais alguma coisa?
- Pode sim. Que ônibus eu pego aqui para o Morumbi?
- Senhor, estamos no Rio de Janeiro.
- Bem que eu notei algo estranho. Em que ano nós estamos?
- 2009.
- Ah! Sim. Então eu vou querer um mixto quente de queijo minas e uma xícara de café, por favor.

domingo, 14 de junho de 2009

Entrée


Caminhava zonzo pela rua escura. Alguma coisa tinha acontecido, a cabeça doía, a escuridão parecia muito clara para os meus olhos, os bolsos estavam vazios e na boca um gosto de sangue. Tropecei e caí bueiro abaixo. Não havia ratos ao redor. Levantei sentindo o cheiro dos restos da cidade. O túnel era grande, então eu podia caminhar em pé, administrando a tontura, a dor na cabeça, a pouca visibilidade e aquele cheiro. Um vulto, como um clarão, cruzou meu caminho. Percebi um cruzamento de túneis. Resolvi virar a esquerda seguindo o vulto, dei alguns passos e bati com a cara na parede. Olhei pra cima e vi uma tampa que parecia dar para a rua. Levantei a tampa e... acordei.

Levantei da cama meio zonzo, o quarto estava escuro e eu ouvia gritos e gemidos. Alguma coisa tinha acontecido...

sábado, 13 de junho de 2009

Pronto falei, perdi o medo!


Existem pessoas com tão fracas convicções que tapam os ouvidos a novas idéias e concepções temendo perder a ilusão de que acreditam em algo. Melhor é não ter resposta pra tudo e ser convicto de que tudo pode acontecer num universo infinito do que ser fervoroso nas limitações da alma e na pretensão de se saber sobre todas as coisas.

sábado, 6 de junho de 2009

Palavra da semana

vezo
ve.zo(ê) sm (lat vitiu)
1 Costume censurável ou vicioso.
2 pop Qualquer hábito ou costume. Pl: vezos (ê)

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Genesis


Foi como se eu de repente passasse a fazer parte de tudo o que via. Como se eu pudesse sentir a inocência das plantas, voasse na velocidade dos ventos, tivesse a força da Terra e sentisse a liberdade de um imenso Universo.

domingo, 31 de maio de 2009

Bata aqui o seu coração


De cabeça baixa ela chorava sozinha sentada no banco da praça vazia. Ninguém podia ouvir seus soluços afogados. Não havia pássaros nas árvores, portanto não havia canto. Só tinha o vento frio uivando, espalhando folhas e secando lágrimas.

Era um pranto sofrido. Eram lágrimas de um inevitável. Podiam ser da dor da morte, podiam ser da dor do amor, podiam ser até da dor de nunca sentir dor. Podia ser a inocência perdida ou promessas esquecidas trancadas à espera de um anjo consolador.

Não demorou muito e ela se levantou. Fungou, secou os olhos, olhou a sua volta e partiu. Desceu a rua devagar. O semblante parecia de alívio, mas era só a indiferença de um mundo onde as emoções são proibidas.

Quando ela já ia longe, dobrando a esquina três quarteirões dali, um homem sentou-se naquele mesmo banco. Ele baixou a cabeça e começou a chorar. Levava as duas mãos ao rosto, como quem estivesse vergonhoso de chorar. Ou será que chorava de vergonha?

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Palavra da semana

milagre
mi.la.gre sm (lat miraculu)
1 Fato que se atribui a uma causa sobrenatural.
2 Teol Algo de difícil e insólito, que ultrapassa o poder da natureza e a previsão dos espectadores (Santo Tomás).
3 Coisa admirável pela sua grandeza ou perfeição; maravilha.
4 Fato que, pela raridade, causa grande admiração.
5 Intervenção sobrenatural.
6 Efeito cuja causa escapa à razão humana.
7 Figura em madeira ou cera, oferecida aos santos, em cumprimento de um voto.
Fazer milagre: praticar o impossível.

Amor, trabalho e neve


Ele olhou em volta e viu. A luz da manhã era bem difusa. Havia neve no chão cobrindo o gramado do parque e sobre as árvores secas. As construções, a maioria de tijolos aparentes, tinham boa parte da fachada coberta de neve. Com os olhos de lágrima ele se sentou em um dos degraus da porta da frente enrolado num cobertor. De onde ele estava não podia ver a estrada mas ouvia o barulho dos pneus dos carros rolando devagar no asfalto meio úmido, meio arenoso. Não se ouvia canto de pássaros nem de galos, apenas sinos de portas se abrindo e se fechando. Sobre seu ombro alguém ofereceu uma xícara de café quente. Dentro de casa sussurrava uma canção. Dentro dele a paz e o entendimento. Foi assim todos os dias em que ele esteve naquele lugar.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Mas o que é Regulus?

A constelação de Leão pode identificar-se nos céus a partir da sua estrela mais brilhante Regulus (alfa-Leo). Atualmente o planeta Júpiter está relativamente próximo de Regulus e pode ser utilizado como uma referência para localizar a estrela. Esta é uma das poucas constelações cuja figura se associa facilmente ao respectivo nome.

Universidade da Madeira
Grupo de Astronomia
Março de 2003

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Palavra da semana


Abster
(lat abstinere) vtd
1 Conter, deter, submeter: Não esteve em mim abstê-los. vtd
2 Privar: O reumatismo o abstém de sair à noite. vpr
3 Privar-se do exercício de um direito ou de uma função. vpr
4 Praticar a abstinência: Abstém-se de bebidas espirituosas. vpr
5 Não intervir, não pronunciar, não resolver: "Na dúvida, abstém-te, é o conselho do sábio" (Machado de Assis). vpr
6 Não comparecer às eleições: Grande parte do eleitorado absteve-se. vpr
7 Conter-se, privar-se de, renunciar: Abster-se do amor-próprio, abster-se de fumar.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Bertrand e eu


" Três paixões, simples mas irresistivelmente fortes, governaram minha vida: o desejo imenso do amor, a busca do conhecimento e a insuportável compaixão pelo sofrimento humano".
Bertrand Russel


"Busco a paz e a tranquilidade do dever cumprido, do prazer satisfeito e do romance vivido."
Eu

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Quando eu morrer


Waltinho - E o que vão escrever no seu túmulo? Rsrsrsrs.


Pet - Boa pergunta, Waltinho. Acho que gostaria de algo como: "Aqui jaz o corpo de um homem que buscou viver de acordo com seus princípios. A alma deste homem deseja a todos a paz e sabedoria necessária para o cumprimento de suas missões e espera reencontrar no infinito todos aqueles que ele teve o imenso prazer de conviver."

quarta-feira, 11 de março de 2009

Pensamentos inúteis (REVISTO)


Quando começamos a analisar a história natural da humanidade imaginamos que por descendermos de seres com pouca ou nenhuma natureza racional temos a impressão que o espírito, Deus e todo o oculto foram criados pela imaginação humana quando o homem se tornou um ser racional e às vezes acreditamos em tudo sem nem sabermos porque (esse "porquê" deve estar escrito errado mas seguiremos adiante). O sagrado, o divino, o espiritual, acabamos por aceitar tudo isso porque nosso medo de sermos ateus nem nos permite questionar.


Mas o que é que estou dizendo? Eu nem me preocupo com isso. E quem está interessado em saber a minha opinião?


Você conhece bem a lei da seleção natural das espécies do outro Charles. Ela diz entre outras coisas que as melhores habilidades de uma espécie surgem através da competição, afirmando que os indivíduos de melhores habilidades para aquele habitat procriam em maior número fazendo com que as habilidades fracas ou menos evoluídas tornem-se raras à espécie, deixem de existir ou dêem origem a novas espécies.


Pronto, agora estou apelando pro embasamento científico... Quero mesmo convencer... Coitado de Darwin.


Assim vem acontecendo com a humanidade no decorrer do tempo. Nós, seres espirituais, imaginativos, racionais, emotivos sempre existimos lá, bem lá, dentro daqueles macacos na Mongólia (ou seria na África, Austrália? Não importa). Sempre estivemos lá. O que a Natureza fez em sua infinita sabedoria foi selecionar. Os mais "espiritualizados" para um lado e os, ainda, fadados apenas ao material (presos a sua rotina fisiológica) para o outro. Isso separa o homem de todas as outras formas de vida. Enquanto não sabemos o que se passa na mente de um golfinho serão essas nossas diferenças.


Quanta idiotice. Que diferença faz? O mundo não faz sentido e é só isso. Idiota.


Somos seres espirituais há bilhões de anos desde os coacervados e todas as nossas experiências, desde então, tem como função enriquecer esse espírito humano. Todos os prazeres, deveres, emoções, crenças, nascimento, morte... tudo existe para que possamos criar novas combinações de subjetividades e com isso manifestármos dentro de nós mesmos (existe o plural de mesmo? Bem, que seja) o ser perfeito, fraterno, construtivo e eterno. Quando nossas atividades e pensamentos perdem essa função nos tornamos ocos, vazios e tristes, porque sabemos que um dia essas esperiências, nossas memórias, nossos ideais e até mesmo nossas virtudes deixarão de existir na humanidade, darão início a uma outra espécie mais inferior ou estagnada.


Que romântico... quase chorei, agora.


" ... o que as pessoas chamam de vaidade - deixar obras, filhos, fazer com que seu nome não seja esquecido - eu considero a máxima expressão da dignidade humana."


Portanto temos obrigação de estármos atentos aos sinais de Deus (que vale lembrar também sempre existiu) e fazermos de cada dia um momento mágico. Enriquecendo nossas almas, evoluindo a espécie humana. Pessoas como nós nasceram para serem eternas e não se perderem pelo caminho.


Pessoal, desculpa aí, tá? Eu não sou tão escroto quanto pareço e sou mais raso do que vocês imaginam.